Câncer de rim: saiba mais!

Nossos rins medem em torno de 10cm, pesam pouco mais de 150g e, ainda assim, são capazes de filtrar todo nosso sangue 288 vezes em um dia! São 180 litros de sangue passando por nossos rins diariamente. Além de filtrarem nosso sangue, eliminando nossas toxinas e manterem o equilíbrio da água em nosso corpo, os rins ainda atuam no metabolismo da vitamina D (tão importante para a saúde de nossos ossos), auxiliam no controle da pressão arterial e estimulam nossa medula óssea a produzir o sangue.

Não é preciso dizer que nossos rins são órgãos vitais e indispensáveis para a manutenção da vida. Contudo, para que funcionem por toda a vida, precisamos tratar bem deles.

O câncer de rim guarda estreita relação com o tabagismo, a obesidade e a hipertensão arterial; sendo a hipertensão arterial e o diabetes mal controlados as principais causas de falência renal e hemodiálise. Portanto, se desejamos nos manter longe da diálise, com grande risco de morrermos em filas de transplante, que na maioria das vezes não chegam, precisamos tomar algumas medidas como combater a obesidade, realizar exercícios físicos, controlar adequadamente a hipertensão arterial e o diabetes e não fumar.

Algo importante a salientar é que as doenças dos rins são traiçoeiras e silenciosas. O câncer de rim, por exemplo, não causa sintomas em suas fases iniciais; quando o paciente apresenta sangramento na urina, dor lombar, uma tumoração palpável no abdome e perda ponderal, geralmente este câncer já está em fase avançada e muitas vezes fora da possibilidade de tratamento curativo. A insuficiência renal só se manifestará em suas fases avançadas com retenção de líquidos, edemas generalizados e redução do volume urinado.

Portanto, se você é tabagista ou convive com alguém que fuma, é altamente recomendável que realize exames periódicos com ao menos uma ultrassonografia anual. Exames laboratoriais de rotina também ajudarão a identificar um diabetes descompensado ou mesmo elevação nas escórias renais (uréia e creatinina séricas), indicando uma insuficiência renal que ainda permita tratamento.

Agora lhe convido para compartilhar essas informações, permitindo que este alerta alcance um número maior de pessoas e possibilite salvar muitas vidas com diagnóstico precoce!

Dr. Hugo Novaes
Urologista