Grupo Laringé se reuniu, nesta quinta-feira (21), no auditório do HAM
- Publicado em 21/02/2019
- Biodança, Câncer, Combate ao câncer, Fonoaudiologia, HAM, Hospital Aristides Maltez, Laringectomizados, Musicoterapia, Pacientes laringectomizados, Psicologia, Voluntariado, Voluntários
Aconteceu, nesta quinta-feira (21), o primeiro encontro de 2019 de pacientes laringectomizados do Hospital Aristides Maltez (HAM): o grupo Laringé. A iniciativa é das fonoaudiólogas Renata Scarpel e Adriana Toledo, atual coordenadora do grupo, que contam com o apoio da psicóloga Roseani de Sousa e da coordenadora do voluntariado e instrutora de biodança do grupo Maria de Fátima. O encontro ainda contou com a presença do voluntário e musicoterapeuta Ricardo Romanha, que fez uma roda entoando canções conhecidas e músicas criadas pelos próprios integrantes do grupo, contribuindo na interação com a utilização da música como recurso terapêutico.
Iniciado na década de 80 como grupo aberto de reabilitação de voz esofágica, hoje, o Laringé tem como principal objetivo socializar o paciente e desenvolver os aspectos da comunicação que ele perde na laringectomia total. A fonoaudióloga do grupo, Adriana Toledo, explica que “o primeiro grande impacto desse paciente é a perda total da voz, então, o objetivo é minimizar as sequelas dessa perda. Assim, nossa proposta é possibilitar uma nova forma de utilizar essa voz e a maneira que encontramos hoje é cantando”.
A psicóloga Roseani de Sousa ressalta que as reuniões do grupo são essenciais para que os pacientes recuperem a autoestima. Segundo a psicóloga, “os pacientes laringectomizados têm uma questão bem específica porque ao perder a voz, eles perdem a comunicação através da fala e, como consequência, a autoestima. Por isso, a gente precisa trabalhar a questão da identidade, da interação em grupo e da vivência em sociedade”. Para além disso, Roseani destaca a importância do entendimento da família durante o processo de integração do paciente na sociedade: “Nosso trabalho é focado na família, portanto, nós a preparamos para aprender a lidar com esse paciente que agora tem uma nova realidade de vida, dessa forma, muitas vezes, para reinserí-los na sociedade, é preciso reinserí-los primeiro na família”.
A coordenadora de voluntariado do HAM, Maria de Fátima, destaca a importância do grupo e da biodança no processo de desenvolvimento do grupo: “A ideia é que um fortaleça o outro e se fortaleça individualmente através da identidade, do movimento e da dança e a biodança é muito importante para isso porque nela, um ajuda o outro a crescer, estimulando as linhas de vivência que são a vitalidade, criatividade, transcendência, sexualidade e afetividade”.
O grupo Laringé é aberto para os pacientes laringectomizados do HAM e as reuniões ocorrem mensalmente na instituição.
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