Mastologia do HAM: há 63 anos presente na Bahia
- Publicado em 05/02/2021
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Em 2 de fevereiro de 1.952, surge o hospital que hoje acolhe, em média, mais de 3.500 pessoas por dia oriundas de todos os municípios da Bahia e até de outros estados e países. Criado para ser o braço operacional da Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC), instituição que tem por objetivo acolher pacientes com câncer, especialmente, carentes, e prestar assistência ética e humanizada, o Hospital Aristides Maltez (HAM) foi o primeiro hospital da especialidade no Brasil.
Voltado exclusivamente para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na busca do atendimento oncológico e tratamento do câncer, o hospital dispõe de vários serviços oferecidos à comunidade, entre eles o de mastologia. Antes, quando iniciado no HAM em 1.957 sob a supervisão do Dr. Luiz de Oliveira Nevez, ainda era chamado de patologia mamária. O setor, que também já foi liderado pelos médicos Dr. Elias Darzé, Dra. Lair Castro Ribeiro e Dr. Cleófano Lima Ramos nas primeiras décadas do seu funcionamento, tem à frente, desde 2006, a Dra. Ana Cláudia Imbassahy e atende cerca de 900 pacientes mensalmente.
Para Dra. Ana Cláudia Imbassahy, é uma honra coordenar um serviço que é referência no estado da Bahia e também no Brasil: “Minha paixão pela mastologia começou aqui no Maltez, local que escolhi para fazer a minha especialização e onde atuo desde o ano 2000. É muito gratificante estar a frente do serviço que é o mais antigo da Bahia e pelo qual já passaram muitos dos grandes mastologistas do nosso estado. Sou muito grata a confiança que me foi depositada para eu coordenar esse serviço. É um desafio constante procurar prestar um atendimento de excelência ao nosso paciente do SUS, mantendo a preocupação permanente em propiciar o acesso ao diagnóstico precoce e oferecer o melhor e mais completo tratamento, incluindo todas as suas etapas. Além disso, o serviço de mastologia do HAM é também voltado para o ensino, tendo evoluído, ao longo desse tempo, do nosso tradicional Curso de Especialização para implementação da Residência Médica. É um orgulho podermos contribuir com a formação de novos especialistas. Também quero registrar todo o apoio que nós recebemos da instituição. A parceria dos colegas que compõem comigo o serviço de mastologia e de todos os profissionais do HAM torna o dia a dia sempre muito recompensador. O câncer de mama é a neoplasia maligna que tem maior incidência entre as mulheres, porém, quando ele é diagnosticado precocemente, as chances de cura são altíssimas. Saber que o serviço de mastologia do HAM oferece todo o tratamento, desde o diagnóstico até a cirurgia reparadora, é realmente algo que me deixa muito feliz e realizada”, ressalta.
Além de prestar assistência à comunidade carente, o HAM também oferece programas de residência médica e cursos lato sensu de especialização para profissionais com o objetivo de melhorar ainda mais a capacitação da sua rede e poder, assim, contribuir cada vez mais para o cuidado com a qualidade do atendimento e com a humanização aos pacientes. Na mastologia, não é diferente. Desde 2010, são disponibilizadas vagas para residência médica, tendo registrado cerca de 21 médicos formados até hoje e mais 2 em formação atualmente.
Muitas conquistas foram alcançadas ao longo desses últimos anos, entre elas, uma reforma realizada em 2010 pelo Instituto Avon. Foi ampliado o pavilhão onde funcionava o ambulatório, foram construídas também cinco salas de atendimento, uma para os exames de ultrassonografias, uma sala para curativos e para pequenos procedimentos e uma outra sala para os auxiliares. Além disso, o serviço foi completamente informatizado, o que otimizou o atendimento e acompanhamento dos pacientes. Sem dúvida, um marco na história da mastologia do HAM.
Já para o futuro, pretende-se incentivar cada vez mais a pesquisa científica, contribuindo assim para mais conhecimetno e profissionais capacitados em campo, bem como para métodos e soluções para tratamentos. Além disso, todo o HAM segue contando com a colaboração da sociedade e empresas parceiras que contribuem com doações, possibilitando assim a manutenção desse serviço de qualidade que é prestado aos baianos há anos. Dessa forma, a meta é ampliar ainda mais o atendimento e alcançar um número ainda maior de pacientes.
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