Serviço de Cuidados Paliativos do HAM comemora 23 anos
- Publicado em 28/08/2019
- Câncer, Cuidados paliativos, Equipe multidisciplinar, HAM, Hospital Aristides Maltez, SAD, Serviço de Assistência Domiciliar
Graças à iniciativa de Dr. Aristides Maltez Filho, que, desde 12 agosto de 1997, o Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) em Cuidados Paliativos do Hospital Aristides Maltez (HAM) atende não só pacientes terminais, mas também dá suporte para toda a família durante o desenvolvimento da doença até o pós-óbito. Para celebrar a data, a equipe comemorou hoje (28) com uma especial Reunião da Família e com a apresentação da tese de Doutorado da Enfermeira Ana Dulce de Azevedo.
Com 23 anos de trabalho ininterrupto desde a primeira visita, mais de 2.600 pacientes e familiares já receberam os cuidados do SAD. Uma equipe multidisciplinar presta serviço em cuidados paliativos a pacientes cujo câncer já evoluiu para fase final. De acordo com a coordenadora do serviço, Dra. Avany Maia, é sempre tempo de cuidar: “faça chuva ou sol o SAD vai onde o povo está”.
O objetivo dessa assistência é, através do tratamento individualizado da sintomatologia, permitir que o paciente possa viver seus últimos dias em casa, junto aos seus familiares, que recebem total atenção também, durante a fase de luto.
Dra. Avany afirma que os cuidados paliativos compreendem que, embora nem sempre seja possível curar, cuidar sempre é necessário: “Nós resgatamos a real percepção do ser humano, incluindo as dimensões física, social, psicológica e espiritual. Trata-se de um trabalho singular, pois nós trabalhamos com pacientes de baixo poder socioeconômico e cultural, todos provenientes do SUS, residentes em Salvador. Além das visitas domiciliares, às quartas-feiras há a reunião da família quando damos atenção ao cuidador. Nesses encontros, esclarecemos as dúvidas particulares, mas também fornecemos aulas sobre os sintomas, tratamento e prevenção do câncer”, relatou.
O SAD também fornece um serviço de orientações acerca do que deve ser feito após o óbito do paciente: “É um espaço de aprendizado, acolhimento e muita solidariedade. Além disso, o SAD também se destina a fornecer palestras em espaços públicos como igrejas, agremiações sociais e empresas”, ressaltou Dra. Avany, que lembrou do lema do serviço: dar mais vida aos dias, ao invés de dar mais dias à vida”.
“Lidar com o processo de morte traz peculiaridades que ultrapassam os limites da capacidade técnica e isso atinge cada profissional em seus próprios valores e filosofias de vida. Então, nós compreendemos que, mais que um trabalho, é um privilégio ser escolhido pela alma do outro para estar com ele no momento mais especial da sua vida”, finaliza a coordenadora.
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